Entre Curitiba e Florianópolis é como se fosse do Rio para Campos dos Goytacazes.
Na quarta reportagem da série “O Sul em 12 dias”, nos despedimos de Curitiba rumo à Florianópolis, a capital de Santa Catarina. A distância entre as duas cidades é de 300km indo pelas BR’s-376 e 101, podendo ser percorrido em 3 horas e 50 minutos (estimativa com trânsito livre, fonte: Google Maps). É como se fosse do Rio para Campos dos Goytacazes, à título de comparação.
Indo por vias terrestres, são 4 empresas que operam a ligação entre as duas cidades: Catarinense, Expresso do Sul (ambas do grupo JCA, o mesmo que controla a 1001), Expresso Nordeste e Eucatur, além dos aplicativos Buser e 4Bus, que também oferecem viagens neste trecho. A passagem pode variar entre R$ 49,00 e R$ 73,00. Porém, o passageiro deverá ficar atento ao itinerário do horário, pois alguns deles vão fazendo seções em algumas cidades do longo do caminho, o que aumenta o tempo de viagem.
Nota: Devido as restrições de circulação por causa da pandemia do novo Coronavírus, as viagens entre Curitiba e Florianópolis seguem suspensas por tempo indeterminado.
Já por vias aéreas, as três companhias brasileiras (Gol, Latam Brasil e Azul) fazem a rota CWB x FLN, o voo tem duração de 3 horas, com 1 conexão, com um preço médio de R$ 285, por viagem (referência para pesquisa: voos de ida para 04/09/2020 e volta para 11/09/2020).
A escolha para o deslocamento é muito fundamental para a rota CWB x FLN. Enquanto os terminais rodoviários ficam localizados nas áreas centrais de Curitiba e Florianópolis (o Terminal Rodoviário de Florianópolis fica localizado logo na entrada da Ilha de Santa Catarina), os aeroportos ficam longe das áreas centrais. O Aeroporto Afonso Pena fica na vizinha São José dos Pinhais, enquanto que o Aeroporto Hercílio Luz fica no bairro Carianos, no Sul da Ilha.
Esperamos que possamos ter contribuído para o conhecimento de vocês sobre a cidade de Curitiba, na próxima reportagem da série, vamos começar a entender o sistema de transporte da capital dos catarinenses.
Curitiba e o Rio sofrem com o problema sério da evasão de passagem, o que influencia na tarifa
Na nossa terceira reportagem da série O Sul em 12 dias, hoje vamos mostrar os problemas que nossa capital, Rio de Janeiro, e Curitiba têm em comum e algumas soluções de Curitiba que poderiam ser replicadas aqui. Num primeiro momento, Curitiba pode parecer um exemplo de cidade, mas, como toda a cidade grande que se preze, tem seus problemas de ordem pública, principalmente relacionadas aos transportes. Listaremos algumas delas:
1) Os caloteiros. Ou melhor, os fura-catracas:
O primeiro problema que impacta os transportes curitibanos é a questão do não pagamento da passagem pelos caloteiros, ou como são chamados, fura-catracas. Em uma pesquisa feita pelo Sindicato das Empresas de Ônibus de Curitiba e Região Metropolitana (Setransp-PR) em Novembro do ano passado mostra que 3.317 pessoas não pagaram a passagem nas estações-tubo da cidade, por dia. Comparado com a pesquisa feita em Agosto, houve uma redução de 10%, enquanto que, se comparado com Novembro de 2018, a redução foi de 18%.
Em Junho de 2019 foi lançado a Operação Fura Catraca, uma iniciativa das empresas de ônibus que visa combater o não pagamento da passagem, que é considerado crime. Os agentes percorrem as estações-tubo para fazer a conscientização e, caso seja flagrado algum calote sendo dado, encaminha o usuário que não pagou a passagem para os órgãos de segurança pública, como a Guarda Municipal e a Polícia Militar (PM). Em 5 meses de operação houve uma redução de 17% nas estações atendidas pela operação, enquanto que, em 1 ano, a redução é de 31%.
Em Novembro/2019, a estação mais invadida foi a estação Fanny, no sentido Pinheirinho, seguido pela mesma estação Fanny, só que no sentido Praça Carlos Gomes e pela Estação China (bi-direcional). O prejuízo estimado chega à R$ 5,5 milhões por ano. Veja a lista:
Enquanto isso no Rio, lidamos com o problema da falta de pagamento de passagem praticamente desde a implantação do nosso sistema de BRT, iniciado pelo TransOeste em 2012. Com a abertura do ramal Campo Grande do corredor, foi-se constatando o aumento exponencial de pessoas que não pagava passagem principalmente no trecho da Avenida Cesário de Melo, que margeia várias favelas, dominadas pela milícia ou pelos traficantes. Por conta do alto número de caloteiros, a linha 17 (Campo Grande x Santa Cruz) ganhou o apelido, nada carinhoso, de “Trans-Crack”, pois segundo os passageiros, era comum usuários de drogas invadirem os ônibus para fumar drogas ilícitas e buscar elas nas favelas da região.
Segundo dados do BRT Rio, empresa que administra todo o sistema de ônibus rápidos, cerca de 74.000 passageiros dão calote nas estações dos três corredores (TransOeste, TransCarioca e TransOlímpica) por dia, gerando um prejuízo estimado de R$ 5 milhões ao mês. Com esse dinheiro, poderia ser adquirido 5 novos articulados para o corredor.
Em 2019, o BRT Rio, em parceria com a guarda municipal, iniciou a verificação dos cartões Rio Card para ver se o passageiro passou ou não pela roleta, à exemplo do que acontece no VLT. O passageiro flagrado terá que pagar uma multa de R$ 170,00, tendo um acréscimo de 50% (R$ 255) se for reincidente. Mas segundo relatos de passageiros, essa fiscalização parece não ser tão eficiente assim, pois os relatos de passageiros dando calote continuam.
Uma das soluções que Rio e Curitiba encontraram foi a colocação de anteparos nas estações. Em Curitiba, a primeira estação à receber foi a do Passeio Público, no sentido Santa Cândida, enquanto que no Rio foi a estação do Mato Alto. Na estação Passeio Público de Curitiba, a redução foi de 102% em 1 ano (de 1.462 calotes para 260 ao dia), enquanto que não há dados oficiais sobre a redução na Estação Mato Alto.
2) Pessoas andando nas canaletas do BRT:
O segundo item da nossa lista é uma questão mais de ordem social e conscientização do que econômica. Circulando pelas canaletas da área central, principalmente naquelas com pouco movimento, você vê muitas pessoas circulando pela pista exclusiva como se nada acontecesse. Cena que, infelizmente, é comum tanto lá quanto aqui. Nesta foto registrada por nós, você vê as pessoas andando de bicicleta tranquilamente na Rua Visconde de Guarapuava, como se nada tivesse acontecendo.
Enquanto que no Rio, não é muito incomum você ver carros ou pedestres trafegando indevidamente no corredor, o que já ocasionou muitos acidentes, inclusive, alguns fatais. As pessoas precisam se conscientizar que, ao contrário de um ônibus convencional, um ônibus articulado e/ou bi-articulado demora mais pra frear. E caso acerte algum carro ou pedestre, o impacto pode ser forte, ou até fatal.
3) A falta de uma frota mais moderna e ônibus com maior capacidade:
Para Curitiba é mais um ponto a favor, enquanto que pro Rio é mais um problema.
É consenso que Curitiba esbanja modernidade em sua frota. Durante este mês de Abril, mais 104 ônibus foram entregues à população curitibana, totalizando 514 ônibus entregues desde o início da gestão do prefeito Rafael Greca (PMN), em 2017. Destes 104, 30 são articulados, 6 bi-articulados e 20 do tipo “padron” (com motorização traseira), o que corresponde no total de 51% da nova frota.
Enquanto isso, na cidade do Rio, em 2020, apenas 3 empresas estão recebendo ônibus novos: Novacap (11 ônibus), Graças e Verdun (10 ônibus cada). Mesmo os ônibus tendo ar-condicionado, item obrigatório desde 2014 cujo processo de climatização total se arrasta desde então, as empresas optam em adquirir ônibus com a motorização frontal (ou como são conhecidos: os ônibus cabritos). Numa cidade “séria”, os ônibus cabritos estariam somente restritos às linhas ‘alimentadoras’, deixando as linhas troncais e diametrais sendo operadas com ônibus de motorização traseira e/ou articulados.
Como mostramos na matéria anterior, desde 2018, Curitiba está se adaptando à uma “nova realidade” e implementando ligeirinhos com portas dos dois lados, para otimizar a operação, não deixando a operação restrita somente para atender às estações tubo.
Quando o Rio decidiu implantar os sistemas de BRT, acreditava-se que o sistema fosse vingar do jeito que o ex-prefeito Eduardo Paes imaginava que fosse. À medida que os trechos foram sendo abertos, muitas linhas foram sendo extintas e/ou encurtadas, sobrecarregando as linhas do BRT. O resultado 8 anos depois? Uma redução de quase 100 articulados do sistema, com o consequente sucateamento, principalmente no eixo da TransOeste, onde o asfalto acaba colaborando com a detonação dos ônibus.
Superlotação é um problema comum em todas as cidades brasileiras, mas o Rio de Janeiro acredita que pondo 40-50 ônibus de tamanho normal (padrão M. Benz OF-1721 E5, 12 metros) vai solucionar o problema, porém, só iremos resolver este e outros problemas de mobilidade se houver uma gestão pública eficiente, com um subsídio ao nosso bilhete único que realmente valha a pena para as empresas. O ex-prefeito Eduardo Paes, à época da implantação do Bilhete Único Carioca, optou em reduzir o ISS das empresas para 0,00001%, como uma forma de subsidiar, acreditando-se que a cidade sobreviveria com uma passagem sendo repartida igualmente para duas empresas. A conta começou a chegar em 2015, e o resultado 10 anos depois é: de 46 empresas no início da era dos consórcios, 15 fecharam as portas. E ainda há o risco de mais duas, estando direta ou indiretamente relacionadas à falta de subsídio, fecharem as portas: Vila Isabel e Acari. Será que esta crise do Coronavírus servirá de lição para alguma coisa? Só o tempo dirá…
Com isso, nossa viagem por Curitiba acaba por aqui. Na próxima reportagem da série, vamos conhecer as opções rodoviárias entr e Curitiba e, nosso próximo destino, Florianópolis.
Com informações da URBS – Curitiba, Setransp-PR, O Globo, Extra e O Dia
Conhecida por sua diversidade de linhas, Curitiba tem um sistema eficiente, porém, mostrando sinais de desgaste.
Na segunda reportagem da nossa série #OSulem12dias, vamos conhecer o perfil das linhas de ônibus de Curitiba. Pra quem visita pela primeira vez, pode parecer confuso, mas facilmente dá para entender. Curitiba e sua Região Metropolitana foram uma das primeiras regiões brasileiras a adotar a padronização de pintura, isso no final dos anos 70, início dos anos 80. Desde então, a cidade foi se baseando nas cores para montar o sistema. Atualmente, são 6 tipos de linhas em Curitiba, são elas:
Alimentadoras
Interbairros
Convencionais
Expresso / Direto
Ligeirinho (Linha Direta)
Circular Centro
Vamos destrinchar cada uma delas e suas respectivas padronizações.
A = Alimentadora: Como o próprio nome sugere, faz a ligação entre os bairros com os terminais de integração, de onde partem os ônibus para o Centro. A cor dos ônibus é o laranja;
B = Interbairros: Interliga os bairros de Curitiba sem passar pelo Centro. São 6 linhas Interbairros (I ao VI), sendo que 2 delas (I e II) possuem os sentidos Horário e Anti-Horário. A cor dos ônibus que operam nesta linha é a verde escura.
C = Convencional: Categoria de linha mais presente na cidade, liga os bairros ao Centro da cidade, sua cor predominante é o amarelo. Esta categoria possui uma variante, o “convencional midi”, que é operado por ônibus sem cobrador, cuja letra de identificação é a “N”;
D/E = Direto/Expresso: O conceito destas categorias é basicamente a mesma. Fazer ligações rápidas entre os terminais e o Centro da cidade, utilizando as ruas e canaletas exclusivas para os bi-articulados, parando nas estações-tubo de maior porte. A cor dos ônibus destas categorias é o vermelho. Porém, com o lançamento do – já descontinuado – Neobus Mega BRT, foi lançado uma nova categoria de linha, o Ligeirão, na cor azul-escuro, que faz as mesmas ligações rápidas pelas canaletas, porém, parando em menos estações. Porém, a cor está em processo de extinção e as linhas do sistema Ligeirão passaram a ser alocadas nas letras D e E convencionais.
Exemplares de ônibus das frotas D e E de Curitiba. Basicamente nesta frota concentra-se todos os biarticulados da cidade.
I = Intercambiável: Uma nova categoria que foi incluída a partir de 2018, a partir da junção das categorias “alimentadora” e “convencional”, mantendo-se a cor laranja oriunda dos ônibus alimentadores. A mudança, segundo comentários, é para otimizar a operação das empresas, já que com a frota intercambiável, um ônibus escalado numa linha alimentadora possa operar numa linha convencional.
L = Ligeirinho / Linha Direta: Operado, costumeiramente, por ônibus convencionais com porta somente no lado esquerdo (embora também haja articulados neste categoria), são linhas que possuem pontos de parada somente nas estações-tubo, com uma distância de, em média, 3km entre eles. Os últimos ônibus adquiridos pelas empresas para a frota “L” vieram com portas dos dois lados, o que permitirá a operação em linhas que operam com embarque pelo lado direito no lado da calçada.
M = Multimodal: Categoria se tornando comum entre as empresas metropolitanas, é uma derivação da categoria “L”, com a diferença que os ônibus da frota “M” operam linhas que possuem embarque no nível da calçada e no nível das estações-tubo no mesmo trajeto. Um exemplo desta categoria é a linha 607 – Colombo x CIC, operado pela Viação Santo Ângelo.
N = Convencional Midi: Derivação da categoria convencional que foi caindo em desuso com o passar do tempo. Atualmente poucos midi-ônibus estão usando esta letra, e mais micro-ônibus estão sendo usados, em especial os do Circular Centro, cuja cor predominante é a branca.
P = Acesso: É um serviço de micro-ônibus porta a porta, com elevador, cadeira de rodas e acessórios necessários para garantir a mobilidade de pessoas com deficiência. Busca a pessoa com deficiência na porta de casa, leva até a porta do serviço de que ela precisa e a deixa na porta de casa, quando o atendimento tiver terminado. O serviço só se aplica para atendimentos de saúde e socioassistenciais não continuados.
S = SITES / Escolar: O Sistema Integrado de Transporte para o Ensino Especial é um serviço criado pela Prefeitura de Curitiba para atender estudantes com deficiência ou transtornos do espectro autista (TEA). Para usar o serviço, o estudante precisa morar à 2km da escola. O sistema conta com um terminal próprio para eles, localizado no bairro Cristo Rei. Agora em 2020 foi anunciado que o sistema SITES passará para as mãos de uma única empresa, a Trans Isaak, empresa de fretamento da cidade que está operando linhas da Pluma Internacional aqui no Rio.
T = Turismo: Uma linha operada com ônibus panorâmicos de 2 andares, que percorre os principais pontos turísticos da cidade, num roteiro de 3h de duração. Com a aquisição do bilhete de passagem (que custa R$ 45,00 – valor em Março/2020), permite vários reembarque usando o mesmo bilhete no período de 24 horas.
Nota: por conta da epidemia de Coronavirus no Brasil, a linha turismo foi suspensa desde o dia 20/03, sem previsão de retorno.
Para os ônibus metropolitanos, o conceito das pinturas é o mesmo, mas a forma como que os ônibus são numerados é diferente. Há empresas que numeram seus ônibus com 5 dígitos numéricos ou 4 númericos e uma letra (xx_yy).
A numeração das linhas municipais segue o mesmo conceito do nosso sistema (com 3 dígitos), porém, não há uma explicação em sites relacionados do assunto se há alguma separação por códigos. Já para as linhas metropolitanas, todas elas são numeradas com uma letra e 2 dígitos (_xx).
Na próxima reportagem da série, vamos falar dos problemas que Curitiba tem em semelhança com o Rio e que soluções de sucesso da cidade podem ser replicados por aqui.
Conhecida por ser a cidade modelo do sistema BRT, Curitiba tem um sistema de dar inveja, mascomproblemas muito semelhantes ao Rio.
Atenção: a expedição foi realizada antes do surto de coronavírus no Brasil crescer exponencialmente.
Na primeira reportagem da expedição #OSulem12dias, o Portal Flumibuss RJ conta um pouco do início da nossa expedição pelas três capitais do Sul do Brasil. Foram 12 dias de viagem, 3 capitais percorridas em pouco mais de 2.500km pra preparar esta série de reportagens e conhecer outros sistemas de transporte Brasil afora e apontar soluções que estas cidades têm na nossa cidade e Região Metropolitana.
O início da nossa viagem foi pela cidade de Curitiba. Conhecida por ser a cidade modelo do sistema BRT, implantado pelo ex-prefeito Jaime Lerner, em sua primeira gestão (1971-1975), a capital dos paranaenses soube sobreviver só com o sistema BRT, mas já apresenta sinais de desgaste e problemas muito semelhantes com o Rio.
Na chegada pelo Aeroporto Afonso Pena, que fica na vizinha São José dos Pinhais, a recepção na saída para a área comum do aeroporto não poderia ser diferente: a imagem de um Viale BRT, da Marcopolo, biarticulado, dando as boas vindas à capital da Volvo na América Latina. Não por acaso, a cidade possui a maior frota de articulados e bi-articulados da marca em todo o país.
Para se deslocar do Aeroporto até a área central de Curitiba, há quatro possibilidades: táxi, transporte por aplicativo (Uber, 99, Cabify), ônibus convencional e ônibus executivo.
Tanto o ônibus convencional quanto o executivo são operados pela mesma empresa, a São José dos Pinhais. O serviço convencional, através da linha E32 – Boqueirão x Aeroporto, custa R$ 4,50 (preço em Março/2020). Chegando no Terminal Boqueirão, há a possibilidade de integrar com outras linhas sem precisar rodar novamente a roleta. Enquanto que o serviço executivo, operada com micros e micrões com ar-condicionado, USB, Wi-Fi e poltronas reclináveis custa R$ 15,00 (preço: Mar/2020).
Veja uma tabela comparativa entre os principais meios:
Tipo de transporte
Tarifa
Duração de viagem
Táxi
R$ 39,60 ~ R$ 46,40
25 minutos
Transporte por aplicativo
R$ 28,00 ~ R$ 39,40
25 minutos
Ônibus convencional
R$ 4,50
1 hora e 10 minutos
Ônibus executivo
R$ 15,00
40 minutos
Nota: referência de destino é a Praça Rui Barbosa no Centro de Curitiba. Durações de viagem estimadas com o trânsito livre.
ENTENDENDO O SISTEMA DE TRANSPORTE:
A cidade de Curitiba e sua Região Metropolitana são integradas através da Rede Integrada de Transporte (o RIT). Na cidade de Curitiba são 20 terminais fechados geridos pela Urbanização de Curitiba (URBS), com integração física, como em Petrópolis, na região serrana do Rio, além de 329 estações-tubo, um ícone no transporte da cidade, onde você pode fazer integração com outras linhas sem precisar rodar novamente a roleta, e da integração temporal (para saber mais, clique aqui), através do Cartão-Transporte. Enquanto que no âmbito metropolitano são outros 15 terminais geridos pela Coordenação da Região Metropolitana de Curitiba, seguindo os moldes dos terminais curitibanos.
Atualmente, são 10 empresas operando na cidade de Curitiba, sendo 4 delas (São José dos Pinhais, Expresso Azul, Tamandré e Araucária) operando também no sistema Comec, além de outras 15 operando exclusivamente nas linhas do sistema Comec. Na cidade de Curitiba, o prefixo do ônibus é indicado por duas letras e três números, sendo a primeira letra indicando a empresa operadora e a segunda o tipo de serviço que tal ônibus presta. Veja a relação:
Operadoras da cidade de Curitiba:
Letra
Empresa
Consórcio
B
Transporte Coletivo Glória
Pontual
C
Auto Viação Santo Antônio
Pontual
D
CCD Transporte Coletivo
Pioneiro
E
Auto Viação São José dos Pinhais
Pioneiro
G
Viação Cidade Sorriso – Sorriso de Curitiba
Pioneiro
H
Auto Viação Redentor
Transbus
J
Expresso Azul
Transbus
K
Auto Viação Tamandaré
Pioneiro
L
Araucária Transporte Coletivo
Transbus
M
Auto Viação Mercês
Pontual
Operadoras do sistema Comec (Região Metropolitana):
Prefixo
Empresa
Região de Atuação*:
15
Leblon Transporte de Passageiros
Fazenda Rio Grande
16
Auto Viação Tamandaré
Almirante Tamandaré
17
Expresso Azul
Pinhais
18
Viação Santo Ângelo
Colombo
19
Araucária Transporte Coletivo
Araucária
20
Auto Viação São José dos Pinhais
São José dos Pinhais
21
Empresa de Ônibus São Braz
Campo Magro
22
Empresa de Ônibus Campo Largo
Campo Largo
23
Viação Colombo
Colombo
24
Viação Antonina
Almirante Tamandaré
25
Viação Castelo Branco
Quatro Barras
26
Viação do Sul
Almirante Tamandaré
27
Viação Graciosa
São José dos Pinhais
28
Viação Marumbi
São José dos Pinhais
29
Viação Piraquara
Piraquara
30
Reunidas Transportes
Quitandinha
31
Viação Nobel
Fazenda Rio Grande
32
Expresso São Bento
Fazenda Rio Grande
A numeração das linhas municipais de Curitiba segue um padrão de numeração muito semelhante ao que utilizamos, porém, a numeração para as linhas metropolitanas é composto por uma letra e dois números. Mas a forma como as linhas são numeradas, além dos tipos de linha ficará para a próxima reportagem da série. Não perca!